A Umbanda é uma religião afro-brasileira que tem raízes profundas na cultura e na mitologia africana e que tem conquistado cada vez mais adeptos em todo o país.
Com seus rituais e cerimônias, ela busca oferecer conforto, proteção e equilíbrio à vida das pessoas. E dentre as muitas entidades espirituais que fazem parte da Umbanda, uma das mais adoradas é a entidade Iemanjá.
A divindade Iemanjá é cultuada em diversas religiões africanas, incluindo o candomblé e o vodun, e também é venerada na Umbanda, uma religião afro-brasileira. Em todas essas religiões, Iemanjá é vista como uma entidade ligada à água, à fertilidade e à maternidade, e é adorada como uma divindade que traz amor, harmonia e proteção para a vida dos seus devotos. Além disso, a divindade é também associada a questões de saúde, dinheiro e amor, e é vista como uma fonte de poder e inspiração para muitas pessoas.
O seu nome tem origem nos termos do idioma Iorubá (língua nígero-congolesa) “Yèyé omo ejá”, que significam “mãe cujos filhos são como peixes”. É considerada a mãe de todos os adultos e a mãe dos orixás.
Iemanjá é considerada uma divindade da água e é vista como a mãe de todos os orixás. Ela é uma entidade que traz amor, harmonia e proteção para a vida dos seus devotos, e é adorada por muitas pessoas que buscam equilíbrio e bem-estar em suas vidas. Além disso, a entidade Iemanjá é também associada à fertilidade, à maternidade e ao cuidado com os filhos.
Mas como surgiu a figura de Iemanjá na Umbanda e qual é sua história?
Acredita-se que a divindade Iemanjá tenha surgido na África, onde era venerada como uma entidade ligada à água e à fertilidade. Com a escravidão e a chegada dos africanos ao Brasil, a figura de Iemanjá foi sendo incorporada às práticas religiosas dos escravos, e foi aos poucos ganhando espaço na Umbanda.
Nas lendas:
Quando Obatalá e Odudua se casaram, tiveram dois filhos: Iemanjá (o mar) e Aganju (a terra). Os irmãos se casaram e tiveram um filho, Orungã (o ar). Quando cresceu, Orungã se apaixonou pela mãe. Um dia, aproveitando a ausência do pai, tentou violentá-la. Iemanjá conseguiu escapar e fugiu pelos campos. Quando Orungã já a alcançava, ela caiu ao chão e morreu. Então seu corpo começou a crescer até que seus seios se romperam e deles saíram dois grandes rios, que formaram os mares; e do ventre saíram os Orixás que governam as 16 direcões do mundo: Exu, Ogum, Xangô, Iansã, Ossain, Oxossi, Obá, Oxum, Dadá, Olocum, Oloxá, Okô, Okê, Ajê Xalugá, Orum e Oxu.
Iemanjá teve muitos problemas com os filhos. Ossain, o mago, saiu de casa muito jovem e foi viver na mata virgem estudando as plantas. Contra os conselhos da mãe, Oxossi bebeu uma poção dada por Ossain e, enfeitiçado, foi viver com ele no mato. Passado o efeito da poção, ele voltou para casa mas Iemanjá, irritada, expulsou-o. Então Ogum a censurou por tratar mal o irmão. Desesperada por estar em conflito com os três filhos, Iemanjá chorou tanto que se derreteu e formou um rio que correu para o mar.
Yemanjá seria a filha de Olokum, deus (em Benin e em Lagos) ou deusa (em Ifé) do mar. Foi casada pela primeira vez com Orunmyila, senhor das adivinhações, depois com Olofin-Oduduá, Rei de Ifé, com quem teve dez filhos, que se tornaram Orixás. De tanto amamentar seus filhos, seus seios ficaram enormes. Esta foi a origem dos desentendimentos com o marido. Embora ela já o houvesse prevenido, dizendo-lhe que jamais toleraria que ele ridicularizasse os seus seios, uma noite o marido, que havia se embriagado com vinho de palma, não mais podendo controlar suas palavras, fez comentários sobre seus seios voluminosos. Tomada de cólera, Yemanjá fugiu em direção ao oeste, o "escurecer da terra". Olokun lhe havia dado outrora, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado, pois "não-se-sabe-jamais-o-que-pode-acontecer-amanhã". E assim Yemanjá foi instalar-se à oeste de Abeokutá, alusão à migração dos Egbás. Olofin-Oduduá lançou seu exército à procura de Yemanjá. Esta, cercada, em vez de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. Um rio criou-se na mesma hora, levando-a para Okun, o mar, lugar de residência de Olokun.
Iemanjá foi casada com Okere. Como o marido a maltratava, ela resolveu fugir para a casa do pai Olokum. Okere mandou um exército atrás dela mas, quando estava sendo alcançada, Iemanjá se transformou num rio para correr mais depressa. Mais adiante, Okere a alcançou e pediu que voltasse; como Iemanjá não atendeu, ele se transformou numa montanha, barrando sua passagem. Então Iemanjá pediu ajuda a Xangô; o Orixá do fogo juntou muitas nuvens e, com um raio, provocou uma grande chuva, que encheu o rio; com outro raio, partiu a montanha em duas e Iemanjá pôde correr para o mar.
No Brasil, ela tem é muito cultuada, inclusive até por pessoas foram das religiões de fora da matriz africana chegam a fazer oferendas a ela em na virada de ano entre outras simpatias e agrados a essa entidade.
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Lembrando que a Umbanda é uma religião respeitável e deve ser tratada com o devido respeito e tolerância. Busque sempre fontes confiáveis e se informe antes de julgar ou criticar qualquer crença ou prática religiosa.